sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Ao fim de tanto ano ... Volto a escrever.

Sim, volto a escrever para ver se volto a ter inspiração de outros tempos, é bem que preciso para me tornar numa pessoa mais dinâmica e concentrar-me em ideias próprias. 
Não devo estar errado só dizer que voltar a escrever não é só registar algum pensamento que queremos por em discussão ou então meramente lido, mas sim na criação do Homem, ou Humanidade como vocês assim o entenderem. É o facto de pensar o que escrever para criarmos processos cognitivos de interligação de ideias. Acho que vai me ajudando a perder esta dislexia que parece querer se apoderar de mim... 
Também prometo começar a ler livros a ver se puxa pela minha imaginação.... E bem, vou lá dormir que amanhã tenho uma formação na empresa. 

quinta-feira, 25 de março de 2010

Mitra

Hoje gostaria de falar-vos de coisas bem mais alegres do que isto. Mas não. E por opção, nem sequer devia falar da vida dos outros. Sim, não é o meu género estar a falar disto e daquilo de uma determinada personalidade. Mas se é com os erros que nós aprendemos então que seja. Nem que esses mesmos erros sejam de pessoas que nos são 'totalmente' desconhecidas.
Falo-vos de um 'colega' de trabalho que nos está subcontratado(à minha empresa), de apenas de 18 anos. Até aqui nada de invulgar. No entanto, o seu histórico, já sim, é mais invulgar. O seu nome é Cristiano, coisa que soube apenas à poucos dias, apesar de já estar a trabalhar conosco à duas semanas. E só sei o nome dele agora porque sempre o tratamos pela sua alcunha: Mitra, e é com orgulho que ele expõe essa alcunha no seu capacete. Até aqui nada por aí além.
Do que pude constatar, é natural da Cova Gala daí a sua alcunha começar a fazer sentido. Na sua maneira de ser, que os próprios 18 anos mostram, o Mitra aparenta ser ingénuo, sem sequer pesar o valor de cada palavra que diz e expondo partes da sua vida que deveriam se manter privadas. Sim, deviam ficar privadas, mas de facto não, senão não teria razões suficientes para estar aqui a escrever sobre ele.
E nisto, ele conta-nos partes da vida dele tão obscuras. Julgo que não terá completado a escolaridade obrigatória, isto porque começou a vender droga ou outras substâncias ilícitas e foi apanhado na sua posse. Ora isto aconteceu à dois anos atrás, e soube isto porque ele teve que faltar um dia ao trabalho para ir ao tribunal. E eu cá para mim penso que para ser apanhado à dois anos, nessa altura nos seus 16 anos, ele deve ter iniciado o tráfico lá pelos seus 15 ou mesmo 14 anos.
Actualmente, o seu modo de vida inquieta-me. É pai de um filho e vive junto com mulher de índole brasileira e com pouco jeito para uma vida a dois, afinal ele ainda não passou a adolescência. É um vendedor nato, qualquer objecto é motivo para fazer negócio. Mesmo que esse objecto não lhe pertença e incrivelmente arranja maneira de um gajo se interessar, aliciando com um preço baixíssimmo e com a aquela básica da economia de se criarem necessidades. Considero-o um puto a ter respeito, menos não seja pelos contactos que possui do tempo em que ele passava droga. Diz-se capaz de fazer frente a toda a gente que se meta no seu caminho, pois, basta-lhe contactar um ressacado para resolver o problema. Nestas palavras custa-me acreditar nelas... Mas é melhor respeitar o puto.
No trabalho, e com o seu telemóvel com leitor mp3 está, sempre que possível, a ouvir música, música sem género, sem uma linha de gosto precisa, ouvindo disto e daquilo, com se estivesse sempre sob o efeito de uma ganza, se é que não está mesmo. Ao ponto de ter a indecência de oferecer ao meu chefe um pouco da sua ganza.
Só para contrariar, deveria ser trabalhador, mas não.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

O Farol por mim...


Não sei se algum dia alguém se deparou com o simbolismo de um Farol.
Ou pelo menos alguém reparou que ultimamente tenho utilizado no messenger esta precisa imagem?! Não, claro que não! Nunca ninguém questionou-me sobre isso. Não a coloquei lá só porque me apeteceu. É óbvio que tem uma razão de ser.
Como monumento ou infraestrutura, o Farol tem desde sempre guiado os nossos navios até terra firme, avisando antes demais a proximidade de cabos que entram por mar a dentro ou simples pedaços de terra rodeados por mar. Estas funções do Farol para a Geografia seriam boas e bastavam, mas não, pelo menos para mim. O Farol é muito mais que isto. Não apenas uma construção habitualmente redonda e cónica, alta e imponente, sinalizada com faixas largas de vermelho e brancas intercaladas, que projecta em movimentos rotativos e contínuos um ou mais focos de luz capaz de cegar momentaneamente. Mas também transmite uma cumplicidade com uma das naturezas mais indomáveis que o Homem conhece: o Mar.
Sim, esta relação entre o Farol e o Mar inspira cantores, escritores e poetas, entre outros, incluindo a mim. O Farol representa sempre o limiar do desconhecido, do medo, do perigo. O que se vê na linha de água (horizonte) é apenas o começo de um meio hostil onde, outrora, muitas das nossas famílias perderam os seus maridos e filhos, aliás, possuímos uma História rica nesses acontecimentos, tal como ainda hoje isso acontece.
Mas isso aconteceu ou acontece por causa da vontade insaciável de tentar domar o que sempre será selvagem e sem lei. A aventura e a destemida vontade em busca do desconhecido faz do Homem um ser persistente, senão mesmo teimoso, ao encontro das suas glórias.
O que realmente esta imagem representa para mim é um olhar para o desconhecido, quem sabe para o futuro, que se torna num desafio aliciante embora desconheça os seus perigos e riscos, prevendo sempre grande turbulência, e como a glória será quase como imediata, caso se for bem sucedido. No entanto, essa linha de água teima a estar longe, quase inalcançável. O primeiro passo parece que é sempre aquele fica mais longe. É como estivesse ali uma película transparente ou um vidro facilmente quebrável, mas que teima não ceder. Tão acessível mas inalcançável. Ao menos tenho a esperança do Farol para ter uma vista iluminada e panorâmica do que me espera.
Esta imagem tem um valor acrescido a este, uma vez que a fui buscar a um álbum que remonta-me para a altura do meu 12º ano, remexendo assim em algumas lembranças. Lembranças essas que foram conturbadas mas também fortemente vividas.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Porque a vida é o Limiar...

No outro dia estava a pensar como gostaria que o meu futuro fosse e nele estava a aplicar os meus objectivos, tudo aquilo que gostava de ter e fazer, todas aquelas coisas boas que todos nós gostávamos de ter, um bom carro, uma espaçosa casa num sitio bem sossegado e um óptimo emprego... Nesta ideia de atingir rapidamente esse futuro, descuidei-me e fui mais além, fui para outro futuro. Como da noite para o dia se tratasse e de uma maneira inconsciente, apercebi que atingirei a velhice marreta, em que serei incapaz de controlar todas as minhas faculdades, virando criança e estando dependente dos outros, como se estivesse a aprender a cuidar de mim, mas de um modo inverso, de maneira que cada vez menos fosse capaz de fazer tarefas tão básicas como a higiene pessoal e o próprio alimentar-se. E mesmo assim, fui mais além...
Não! Não estou deprimido por dizer isto. Nem lá perto. Mas foi um pensamento inconsciente, descontrolado, mas frenético em que reflecti como é que seria a "vida depois da morte". Sim, como será o mundo, a vida que cá fica... "Como serei eu??" "Para onde irei eu??" "Será que deixo de existir, não como corpo humano, mas sim como ser??" São pequenas perguntas que jamais ninguém conseguirá responder. E isso aterroriza-me!! Custa-me acreditar que tudo que tem um princípio tem um fim.
Esta é uma daquelas coisas que nos faz sentir pequenos, muito pequenos, de tal maneira que o coração começa a palpitar muito mais rápido mas não mais forte, é como se ele estivesse apertado por duas mão que estrangulam-no. Sentimo-nos tão insignificantes ao perceber que estamos perante uma coisa tão avassaladora quanto é a Morte, propriamente dita.
Reflictam sobre isto! E vão se aperceber o que é!


Este vídeo mostra o Limiar do Fim.

sábado, 23 de janeiro de 2010

"De toda a electricidade que existe, gosto de ser o neutro..."

"... Sempre recebo a reactiva!!"

E vocês perguntam: o que é isto? Pois bem, esta frase surgiu, talvez, à uma semana atrás. Não especifica nenhum contexto em especial, mas é uma óptima frase que se encaixa perfeitamente em mim. Senão vejamos. A nível profissional, não sou plenamente bem sucedido, no entanto tenho um emprego estável. A nível emocional, não sou afortunado, mas não desgosto como estou. A nível financeiro, não sou dono de nenhuma mansão, mas também não ando com o cinto apertado, apesar que a tendência seja para isso. Estes são os principais aspectos que me preocupa agora.
Basicamente, a frase exprime: tal como existe a electricidade poderosa e perigosa pronta a consumir, também existe electricidade vinda dos equipamentos que não a consomem por completo, chamada de electricidade reactiva que é devolvida à rede. Isto, de certo modo, é aquilo que recebo da vida. Não por aproveitar o que é dos outros ou seus restos, mas sim colocar-me numa posição intermédia (neutro) onde dispenso qualquer tipo de conflitos. E assim recebo sempre o que me é devido, humildemente.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Larsen B. O que é isto?!

Já algum tempo que não coloco aqui nada, mas já sabem que é no facebook que tenho andado.
Desta vez coloco aqui algo totalmente diferente do que tenho feito até agora.

A propósito do livro que estou a ler (Sétimo Selo), este vídeo demonstra bem os efeitos directos que o aquecimento global já tem sobre o degelo, mais propriamente que teve sobre a plataforma glaciar Larsen B, na Antárctida, uma vez que ela já não existe mais. Era uma plataforma tão grande quanto o estado Rhode Island dos EUA, 50º maior estado, com cerca de 3 250 km quadrados e 220 metros de espessura, e cuja a fragmentação completa ocorreu em pouco mais de 3 meses.

A destruição desta imensa plataforma está a provocar outro efeito grave sobre a península onde se localizava, que foi a destruição de uma barreira de ar frio que a plataforma de Larsen B detinha e que impedia a entrada de ar quente vindo da América do Sul. Sem esta barreira, os glaciares instalados nos montes da península estão desprotegidos e mais sujeitos aos ventos vindos da América do Sul.


domingo, 25 de outubro de 2009

Um pensamento que precisa de ser expresso!

Como é começo isto?!
Como é que toco no passado?!
Como é que falo de alguém sem magoar?!
Como é que falo de sentimentos sem os reviver?!

Simplesmente não sei!!

Só sei que a maneira como tenho sido comigo mesmo 'is killing me'!!
De uns tempos para a frente (uns bons tempos) tenho sido fechado, a guardar muita coisa para mim... Não sei se é por medo de expor o que sou, o que penso, ou por não querer que as pessoas saibam daquilo que sou.. Não sei mesmo.
Há partes da minha vida que definitivamente não me orgulho nada. E daquilo que me orgulho é coisa escassa. Enfim...

Mas agora estou determinado a libertar-me desses pesos, e expor e dizer tudo o que vai-me na cabeça.
Por isso, dizer que certas pessoas marcaram-me em certas alturas da vida não é nada anormal. Alias, toda a gente sente o mesmo. E a essas pessoas temos que lhes dar o devido valor e chama-lhes pessoas especiais. É pena que essas pessoas passem pela vida muito rápido, de tal modo que nem sequer há oportunidade para agradecer por completo.
E a esta pessoa que me ajudou quando andava a dar em doido com os meus problema de emprego, que me fez distrair um pouco... Lhe agradeço por tudo. Ela sabe quem é! E aqui lhe deixo algo...